Antes de começar a produzir
Quando vamos escrever um texto e não estamos acostumados a redigir, o melhor é que não coloquemos nossas ideias direto na folha definitiva, pois isso pode gerar uma redação desorganizada.
Portanto, antes de começar a produzir, analise alguns pontos chaves para que nem você, nem o leitor fiquem confusos.
Observe o tema proposto: o que você sabe sobre esse assunto, o que você leu a respeito? Coloque no papel.
De acordo com seu conhecimento, você é contra ou a favor do tema sugerido? Defina-se e defenda seu enfoque. Portanto, fique atento se a ideia do início é sustentada até o final.
Após escolher o ponto de vista, determine o objetivo de seu texto: esclarecer, impactar, alertar,
Em seguida, estabeleça a ideia principal que virá no primeiro parágrafo. Então, selecione os argumentos que irão sustentá-la no decorrer do escrito. Este contexto deve apresentar fatos, causas e consequências que permeiam o assunto em questão.
Por fim, não se esqueça de concluir! A conclusão deve retomar o ponto de vista e apresentar uma solução ou uma sugestão a respeito do problema que foi apresentado.
Veja um exemplo:
Tema proposto: Meio ambiente
Conhecimento sobre o assunto: Aprendi o que é efeito estufa e li uma reportagem sobre as sequelas ocasionadas pelo aumento de temperatura.
Ponto de vista: Contra o efeito estufa.
Objetivo: alertar os leitores sobre as implicações desastrosas do aumento da temperatura.
Argumentos: causas: emissão de gases poluentes, desmatamento; consequências: derretimento das geleiras, desequilíbrio, migrações.
Conclusão: apontar possíveis soluções para amenizar o problema.
Com tudo organizado, a produção será realizada com muito mais facilidade!
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
O que você precisa corrigir no seu texto
A revisão de texto é muito importante para que você não caia em armadilhas produzidas por si mesmo!
Vejamos alguns pontos que você precisa se atentar na hora de revisar seu texto:
Quanto à estética, observe:
a) Se a letra está legível: não quer dizer “letra bonita”, mas sim a preocupação de gerar entendimento para quem ler o texto.
b) Se há paragrafação: disposição correta dos parágrafos. Estes devem estar bem estruturados e delimitados por pontuação.
c) Se as margens estão regulares: as palavras devem ir até o fim da linha, a não ser que seja um poema.
d) O travessão: se há o espaçamento devido antes da utilização deste.
e) Se há rasuras: o melhor é que elas não existam! Mas caso ocorram, prefira riscar com um só risco o termo errado e colocá-lo entre parênteses. Coloque a palavra correta acima, ou continue a escrever normalmente, caso o erro aconteça no momento da escrita e na folha definitiva.
Quanto à gramática, observe:
a) Ortografia: as palavras estão escritas da maneira correta?
b) Pontuação: há vírgulas em excesso ou falta delas? Há vírgula onde deveria existir ponto final?
c) Concordância verbal e nominal: observe se todos os verbos concordam com seus sujeitos e se os substantivos estão concordando com o artigo, numeral, pronome ou adjetivo que os acompanha.
d) Regência verbal: veja se a regência do verbo está coerente com seu complemento.
e) Colocação pronominal: os pronomes estão posicionados corretamente? Fique atento principalmente aos do caso oblíquo (me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos).
Quanto à estilística, observe:
a) Repetição de palavras, com atenção especial ao pronome “que” e também de ideias: empobrecem o texto.
b) Frases longas: deixam o texto confuso.
c) Se há elementos conectivos: são essenciais para a coesão (mas, porém, contudo, entretanto, etc.)
d) Emprego de palavras ou de argumentos em lugares errados.
Quanto à estrutura, observe:
a) Se há uma ideia central que norteia o texto ou um conflito básico a ser solucionado.
b) Se há uma sequência de fatos enquadrados em uma lógica-temporal.
c) Se há presença dos aspectos do tipo de texto escolhido: dissertação (exposição e defesa de argumentos); narração (conflito e exposição da personagem); descrição (características do local e fatos relatados), e assim por diante.
Por último, veja a conclusão: ela deve ter no máximo cinco linhas e conter de forma resumida o que foi falado com a apresentação de uma solução para o conflito ou de uma opinião sobre o que foi exposto.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
Por que a estética de um texto é tão importante?
Perguntar por que a estética textual é importante em um texto é o mesmo que perguntar por que tomamos banho, lavamos ou escovamos os dentes? É uma questão de cuidado e se a pessoa não costuma fazer isso, é tida como desleixada.
Com a redação também é assim: a impressão que dá quando o corretor vê um texto contínuo, sem pontuação e sem paragrafação, é a de que o escritor não teve o mínimo cuidado ao escrever o texto e tampouco estava se importando com o leitor. É como acontece quando alguém vai receber uma visita em casa e não se importa em deixar as coisas arrumadas.
Além disso, a estética também é quesito de pontuação em qualquer processo seletivo, claro, pois ninguém gosta de ler um texto mal organizado, nem mesmo os que são pagos para isso!
Então, vejamos o que você precisa verificar quanto ao visual de sua redação:
Primeiramente, observe o título e confira se o mesmo está escrito com letra maiúscula inicial, independente do que seja (artigo, preposição). Por exemplo: A abelha Léia. Claro, nomes próprios ou de lugares e siglas são escritos obrigatoriamente em letra maiúscula. Lembre-se que título não possui pontuação final!
Em segundo lugar, veja se todos os parágrafos possuem o espaçamento devido (largura de um dedo) e se todos estão na mesma altura. A paragrafação é fundamental, pois estabelece a estrutura visual que aponta para a divisão obrigatória do texto dissertativo: introdução, desenvolvimento e conclusão. Temos que o parágrafo inicial é a introdução, o último a conclusão e os demais são as argumentações que fazem parte do desenvolvimento.
O mínimo de parágrafos proposto a uma dissertação é de três, um para cada parte do texto. Contudo, é bom seguir o mínimo de 15 linhas e máximo de 30, adotados pela maioria dos vestibulares.
Em terceiro, observe se as ideias estão divididas de acordo com a distinção entre elas, ou seja, para cada nova abordagem, um novo parágrafo. Contudo, é necessário que exista uma ligação entre os argumentos expostos, caso contrário, a coesão não existirá.
Como quarto item, não rasure! Contudo, caso aconteça, faça um risco em cima da palavra e coloque-a entre parênteses.
Por último, observe atentamente sua letra, pois ela é o cartão de visita! Verifique se há alguma letra que não está legível! Não tenha você por base, coloque-se no papel de um leitor que nunca viu um texto seu e analise os termos que realmente podem causar equívocos! Se achar melhor, escreva em letra de fôrma, pois também é aceita em concursos.
Lembre-se que a ilegibilidade pode anular sua redação!
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
A Construção do Enredo
Enredo é a seqüência de acontecimentos da história, a rede de situações que as personagens vivem, a trama das ações que elas fazem ou que elas sofrem.
Podemos identificar quatro partes que compõe o enredo:
1- Apresentação: É a parte do texto em que são apresentados alguns personagens e expostas algumas circunstâncias da história, como o momento e o lugar em que a ação se desenvolverá.
Cria-se um cenário e uma marcação de tempo para os personagens iniciarem suas ações.
Nem todo texto narrativo tem esta primeira parte; há casos em que já de início se mostra a ação em desenvolvimento.
2 – Complicação: É a parte do enredo em que as ações, os conflitos são desenvolvidos, conduzindo o enredo ao clímax.
3 – Clímax: É o ponto em que a ação atinge seu momento crítico, momento de maior tensão, tornando o desfecho inevitável.
4 – Desfecho: É a solução do conflito produzido pelas ações dos personagens.
Se não houver conflito, a narrativa fica reduzida a um relato, a uma seqüência de fatos que, não despertarão o interesse dos leitores.
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola
A ARGUMENTAÇÃO
Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós.
No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa idéia e convencer o leitor de que essa é a correta.
Há diferentes tipos de argumentos, a escolha certa consolida o texto.
Argumentação por citação
Sempre que queremos defender uma idéia, procuramos pessoas ‘consagradas’, que pensam como nós acerca do tema em evidência.
Apresentamos no corpo de nosso texto a menção de uma informação extraída de outra fonte.
A citação pode ser apresentada assim:
Assim parece ser porque, para Piaget, “toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras” (Piaget, 1994, p.11). A essência da moral é o respeito às regras. A capacidade intelectual de compreender que a regra expressa uma racionalidade em si mesma equilibrada.
O trecho citado deve estar de acordo com as idéias do texto, assim tal estratégia poderá funcionar bem.
Argumentação por comprovação
A sustentação da argumentação se dará a partir das informações apresentadas (dados, estatísticas, percentuais) que o acompanham.
Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um ponto de vista equivocado.
Veja:
O ministro da Educação, Cristovam Buarque, lança hoje o Mapa da Exclusão Educacional. O estudo do Inep, feito a partir de dados do IBGE e do Censo Educacional do Ministério da Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos que estão fora das escolas em cada Estado.
Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de crianças, ou 5,5 % da população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a qual o ensino é obrigatório, não freqüentam as salas de aula.
O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do estado, ou 92,8 mil, estão fora da escola. O melhor, o Distrito Federal, com apenas 2,3% (7 200) de crianças excluídas, seguido por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, com 3,2% (168,7 mil).
(Mônica Bergamo. Folha de S. Paulo, 3.12.2003)
Nesse tipo de citação o autor precisa de dados que demonstre sua tese.
Argumentação por raciocínio lógico
A criação de relações de causa e efeito é um recurso utilizado para demonstrar que uma conclusão (afirmada no texto) é necessária, e não fruto de uma interpretação pessoal que pode ser contestada.
Para a construção de um bom texto argumentativo se faz necessário o conhecimento sobre a questão proposta, fundamentação para serem realizados com sucesso.
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola
FONTE: Redação - Brasil Escola
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