A história da escola
As escolas somente se consolidaram a partir de 1600. Antes, embora existissem estabelecimentos de ensino, especialmente os religiosos, os meninos eram geralmente, encaminhados a uma profissão e as meninas ficavam em casa para o aprendizado das prendas do lar, a espera de um consorte.
Com o tempo, os conhecimentos humanos se expandiram, tornando-se complexos. As escolas se multiplicaram, para atender as classes mais afortunadas para que tais conhecimentos fossem transmitidos para a geração seguinte. Nisto, a maior parte da população continuava analfabeta.
A industrialização dos séculos XVIII e XIX ajudou a mudar este quadro. Aumentou a necessidade de se escolarizar a população, pois a complexidade do trabalho necessitava de uma mão de obra mais qualificada.
A ciência continuou avançando e trazendo benefícios a toda sociedade, então a educação, já não poderia ser restrita apenas às classes dominantes.
No século XIX, as idéias de uma escola elementar gratuita, que atendesse à todos, começou a se tornar realidade. Era o inicio de uma revolução que continuou no século XX, marcado pela implantação dos grandes sistemas educacionais.
A escola elementar tornou-se pública, gratuita e leiga, ou seja, não religiosa. Sua estrutura se divide em três níveis:
• O elementar: no qual se aprendia a ler, escrever e contar;
• O secundário: no qual outras disciplinas eram estudadas;
• Universitário ou superior.
Todavia, apesar desses progressos, o Brasil e os países latino-americanos ainda hoje não oferecem acesso pleno nem mesmo à escola elementar, devido à marginalização e as desigualdades sociais como um todo.
No Brasil ainda não temos um sistema educacional exemplar e único, tampouco nossos profissionais são preparados e constantemente avaliados e capacitados, recebendo uma remuneração que não supre nem as necessidades básicas.
Com os avanços tecnológicos, a educação latino-americana se perde em meio a novas teorias e metas inalcançáveis – se quase não se consegue instruir a população no ensino elementar, como se pode sonhar com educação digital e democratização da internet? – assim, a sociedade cai como um todo, perante os países ricos.
Enfim, ainda hoje a educação está dividida em escola para rico e escola para pobre – a particular e a pública: uma que forma e encaminha para o mercado de trabalho capitalista e a outra que seleciona e exclui, formando a mão de obra desqualificada e oprimida.