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48% dos professores estaduais têm problemas com o estresse

Carga excessiva de trabalho, salas superlotadas, indisciplina dos alunos e baixos salários são algumas das dificuldades levantadas por profissionais


F.M., 31 anos, sempre quis dar aulas e em 2004 prestou concurso para lecionar na rede estadual de ensino. Dois anos depois deu início à sua carreira de professora de artes, mas nove meses após o começo do ano letivo teve uma crise de estresse.
“Comecei lecionando nos três períodos, a carga horária excessiva, a indisciplina dos alunos, a superlotação da sala fizeram com que em novembro eu tivesse problemas de saúde em função do estresse. Na escola que iniciei minha carreira, os professores eram insultados, xingados, até placa dos carros sumiam, não havia respeito. É uma situação triste.”
Hoje ela leciona em uma escola na periferia, mas os problemas diminuíram. “Agora dou aulas em apenas um período, penso mais em qualidade de vida. Se ganhasse muito mais, compensaria, mas não é isso que acontece.” A professora trabalha hoje com moda e customização e também é maquiadora. “Em duas horas de trabalho no salão ganho mais que em uma semana na escola. Professor hoje é muito desvalorizado, não só financeiramente mas pelo sociedade.”
F.M. faz parte da lista de centenas de profissionais que atuam na rede no limite do estresse. Recente pesquisa realizada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) revela que 48% dos profissionais da educação têm diagnóstico confirmado de estresse. O estudo, feito em parceria com o Dieese, mostrou ainda que 40% dos docentes sentem cansaço, sobrecarga, frustração, cobrança e exaustão emocional.
“Nos últimos 15 anos o grande problema desses profissionais era com a voz, hoje o vilão é o estresse. A jornada excessiva, os baixos salários, as salas de aula superlotadas e a indisciplina dos estudantes atingem diretamente o professor. A falta de interesse do aluno e a dificuldade de aprendizagem geram sofrimento ao profissional. O momento é de reabrir as discussões sobre a qualidade do ensino ofertado e as condições de trabalho do professor”, diz a diretora regional do sindicato em Marília, Carmem Urquiza.
A dirigente comenta que o Estado precisa repensar o modelo de progressão continuada adotado pela rede. “Não é progressão, é aprovação. Hoje nossa função não é apenas ensinar mas convencer o jovem de que ele precisa estudar. Ele tem que ser aprovado com conhecimento e a falta dele acaba gerando a indisciplina.”
A violência nas escolas é outro assunto que a regional pretende debater nesse ano. Segundo Carmem, pesquisa da Apeoesp mostrou que em Marília há casos de insultos, xingamentos, enfrentamento e até atos agressivos praticados dentro da sala de aula. “É preciso atacar as causas disso, só assim conseguiremos alterar essa realidade”, conclui.

Fonte:
Taís IatecolaAgência BOM DIA
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