Educação terá de 7% a 10% do PIB, diz Haddad
Fonte: Estadão.com.br
Segundo o ministro, investimentos na área estão previstos no Orçamento 2012
Alfredo Junqueira, de O Estado de S.Paulo
RIO - O volume de recursos a ser investido em educação no ano que vem
representará entre 7% e 10% do total do Produto Interno Bruto (PIB) do País. A
afirmação é do ministro Fernando Haddad, que participou, na manhã de
segunda-feira, 10, de palestra promovida pela Escola Brasileira de Administração
Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas.
De acordo com Haddad, os investimentos estão previstos no projeto de lei que
estabelece o Orçamento 2012 do governo federal, que está em tramitação no
Congresso Nacional.
“Não vai ser menos que 7% nem mais de 10%. Esperamos contar com a participação do Congresso”, disse o ministro. “A média investida pelos países que fazem parte da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) é de 5%, mas o PIB deles é maior e sua dívida com a educação, menor”, argumentou Haddad.
Durante sua palestra, o ministro voltou a defender o fim do vestibular e a efetivação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como processo de seleção para acesso às instituições de ensino superior.
Para Haddad, o vestibular provocou um “grande mal” para a educação brasileira. “Não deu certo e nunca dará. Tanto que nenhum outro país adotou esse sistema”, disse.
Haddad também comparou o Enem a avaliações similares que ocorrem em outros países. Ele começou ressaltando que a Coreia do Sul, um dos países que mais investiram em educação nos últimos 30 anos, estabeleceu um feriado nacional no dia de seu exame. Depois, lembrou que países como China, Estados Unidos e Grã-Bretanha também sofreram com fraudes e obstáculos jurídicos na realização de seus exames.
Os casos citados serviram para o ministro relativizar os problemas ocorridos no Enem em suas duas edições passadas. Em 2009, as provas vazaram da gráfica em que foram impressas - a fraude foi revelada pelo Estado e motivou o cancelamento do exame.
No ano seguinte, ocorreram problemas na impressão dos teste e na distribuição de cartões-resposta. “Você colocar 5 milhões de pessoas em sala de aula num fim de semana não é simples”, argumentou Haddad.
Reforma. O ministro, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores (PT), também defendeu a reforma educacional do ensino médio, com prioridade para a permanência dos alunos em período integral.
Na proposta defendida por Haddad, o primeiro turno de aula seria dedicado às matérias básicas, com conteúdo mais enxuto, para que o professor possa aprofundar os temas estudados. O segundo turno seria dedicado à formação cultural e ao ensino digital.
Haddad também fez elogios aos partidos de oposição, que, segundo ele, ajudaram-no a aprovar 2 emendas constitucionais e 50 projetos de lei durante o seu período no comando do Ministério da Educação. Ele disse que espera contar novamente com esse apoio no Senado para que seja referendado o projeto já aprovado na Câmara dos Deputados que cria o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Fabio Motta/AE
Em palestra na FGV, no Rio, o ministro
defendeu o ensino médio em período integral
“Não vai ser menos que 7% nem mais de 10%. Esperamos contar com a participação do Congresso”, disse o ministro. “A média investida pelos países que fazem parte da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) é de 5%, mas o PIB deles é maior e sua dívida com a educação, menor”, argumentou Haddad.
Durante sua palestra, o ministro voltou a defender o fim do vestibular e a efetivação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como processo de seleção para acesso às instituições de ensino superior.
Para Haddad, o vestibular provocou um “grande mal” para a educação brasileira. “Não deu certo e nunca dará. Tanto que nenhum outro país adotou esse sistema”, disse.
Haddad também comparou o Enem a avaliações similares que ocorrem em outros países. Ele começou ressaltando que a Coreia do Sul, um dos países que mais investiram em educação nos últimos 30 anos, estabeleceu um feriado nacional no dia de seu exame. Depois, lembrou que países como China, Estados Unidos e Grã-Bretanha também sofreram com fraudes e obstáculos jurídicos na realização de seus exames.
Os casos citados serviram para o ministro relativizar os problemas ocorridos no Enem em suas duas edições passadas. Em 2009, as provas vazaram da gráfica em que foram impressas - a fraude foi revelada pelo Estado e motivou o cancelamento do exame.
No ano seguinte, ocorreram problemas na impressão dos teste e na distribuição de cartões-resposta. “Você colocar 5 milhões de pessoas em sala de aula num fim de semana não é simples”, argumentou Haddad.
Reforma. O ministro, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores (PT), também defendeu a reforma educacional do ensino médio, com prioridade para a permanência dos alunos em período integral.
Na proposta defendida por Haddad, o primeiro turno de aula seria dedicado às matérias básicas, com conteúdo mais enxuto, para que o professor possa aprofundar os temas estudados. O segundo turno seria dedicado à formação cultural e ao ensino digital.
Haddad também fez elogios aos partidos de oposição, que, segundo ele, ajudaram-no a aprovar 2 emendas constitucionais e 50 projetos de lei durante o seu período no comando do Ministério da Educação. Ele disse que espera contar novamente com esse apoio no Senado para que seja referendado o projeto já aprovado na Câmara dos Deputados que cria o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
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