Dissertificação é ameaçã à sobrevivência
A desertificação é um fenômeno sério que, além de comprometer a biodiversidade, é uma ameaça à subsistência de um número significativo de pessoas, uma vez que é caracterizada pela degradação do solo de tal forma que inviabiliza o desenvolvimento da cobertura vegetal nessas regiões.
A cada ano, uma área de aproximadamente 60 mil quilômetros quadrados se torna improdutiva; sendo o uso inadequado de terras um dos principais motivos para tal, incluindo aí a utilização exacerbada de produtos agrícolas, as monoculturas, e destruição de nascentes e matas ciliares. A ausência de cobertura vegetal propicia a redução dos eventos de precipitação e da grande intensidade das chuvas – quando essas surgem – fatores que agravam ainda mais esse processo.
Em virtude de esse assunto ser um tema de preocupação mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou a Década para os Desertos e a Luta contra a Desertificação (2010 – 2020), com o intuito de sensibilizar e estimular ações que visem à reversão e prevenção desse quadro.
Considerando esses fatos, o professor de Biologia (e, caso seja viável, em parceria com o educador de Geografia) pode discutir esse assunto com seus alunos. O texto Desertificação, de nosso site, fornece informações valiosas sobre o tema e pode ser utilizado como texto-base.
Após a leitura minuciosa do material sugerido, discuta com os alunos as causas da desertificação, consequências desse problema; se outros fatores, além da intervenção humana direta, podem propiciar o quadro; e o que pode ser feito para reverter essa situação, como a rotação de culturas, a preservação de áreas nativas e matas ciliares, e fim das queimadas.
Como muitas ações dependem daqueles que possuem relação íntima com as áreas vulneráveis à desertificação, também é válido discutir com os estudantes quais seriam as formas efetivas de cobrar, dos nossos governantes, ações que proponham melhorias neste sentido – incluindo aí disponibilização de recursos e capacitação de pessoal visando o desenvolvimento sustentável dessas áreas.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
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