"Aumento de carga horária nas escolas é impossível em Alagoas"
Se no estado campeão de analfabetismo o aumento da carga horária é impossível, imaginem senhores internauat onde será bem aceito
A proposta de aumentar a carga horária mínima anual do ensino básico para 960 horas/aula com a justificativa que as 800 horas não são suficientes para reparar todo o conteúdo exigido foi aprovada no Senado nesta terça-feira, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte. Além disso, também haveria uma mudança na frequência mínima exigida para aprovação nas escolas de 75% para 80% do total de horas letivas.
Os projetos, de autoria do autoria senador Wilson Matos, devem passar para votação na Câmara dos Deputados. Os projetos de lei são de autoria do então senador Wilson Matos. A proposta que prevê o aumento da frequência já havia sido analisada pelos senadores em abril, mas devido a mudanças no texto teve de ser analisado em turno suplementar.
Inicialmente o projeto relacionado à freqüência escolar estabelecia o aumento de 75% para 85% do total de horas, mas segundo o relator Inácio Arruda (PCdoB-CE), esse aumento poderia impor ao estudante trabalhador um "entrave intransponível à sua formação pessoal". Assim, o controle ficou a cargo da escola, mantendo a exigência mínima de oitenta por cento do total de horas letivas para aprovação.
Na outra proposta, a elevação da carga horária anual pode ser feita com o aumento do turno diário ou por meio da ampliação do número de dias com aula nas escolas.
No entanto, em Alagoas projetos dessa natureza não seriam viáveis, de acordo com o pedagogo Helder Pereira, que destacou que os estudantes teriam que estender seu tempo de permanência na escola, o que exigiria o aumento no número de professores e melhorias na infra-estrutura.
“No Estado existem vários problemas na área de educação. Atualmente são 200 dias letivos e 800h, mas por exemplos e o aluno estudar pela manhã terá que ficar alguns dias na escola até 13h. Quem estudar à tarde terá que sair ás 18h, o que demandaria mais salas de aula, pessoal de limpeza, merenda etc”, destacou o pedagogo afirmando que os municípios também não investem na educação.
“Cerca de 60% do salário do professor da rede pública é pago pelo Fundeb e a outra contrapartida fica com a prefeitura. Os municípios não teriam como efetivar as contratações e evitam até faze concurso por causa da lei de Responsabilidade Fiscal. Se houvesse mais comprometimento talvez fosse possível melhorar a qualidade do ensino no Estado”, afirmou.
Fonte: Correio do Povo -Al
Nenhum comentário:
Postar um comentário