Por orientação do MEC
Professores são proibidos de comer merenda dos alunos
Uma
visita de integrantes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE), órgão do Ministério da Educação (MEC), a escolas estaduais em
janeiro deste ano, desencadeou uma polêmica no meio escolar: a proibição
de consumo da merenda por professores. A prática comum, inclusive em
Itabira, está com os dias contados.
Conforme esclarece Luiz Navarro, assessor de imprensa da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG), periodicamente
equipes ligadas ao MEC realizam visitas a escolas públicas de todo o
país. O objetivo é observar tudo o que é relacionado à alimentação
escolar, como condições de higiene e infraestrutura das cantinas,
cardápios balanceados e, também, se outras pessoas estão comendo os
alimentos destinados exclusivamente aos estudantes.
Luiz deixa claro que, conforme a Lei
Federal 11.497/2009, a alimentação escolar é destinada aos alunos. “A
orientação vem do Ministério da Educação (MEC), responsável pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e, por consequência,
responsável pelo recurso destinado à alimentação escolar”, justifica.
Após uma destas vistorias de praxe, foi
encaminhado um ofício circular no mês de janeiro a todas as
Superintendências Regionais do estado com as medidas a serem cumpridas
pelas direções das escolas, em conformidade com as orientações do FNDE.
Dentre as inconformidades observadas pelos inspetores, estava a prática
do consumo da merenda pelos professores. O MEC orientou que se sanassem
tais desacordos, o que gerou certo desconforto entre alguns
profissionais.
Em Itabira, textos sobre a tal
proibição correram pela internet, por meio de redes sociais e e-mails.
No conteúdo, além de relatos revoltosos ao impedimento, consta que até
mesmo o cafezinho no intervalo das aulas estaria proibido. O assessor da
SEE-MG esclarece: “Sobre o questionamento de que o tradicional café no
intervalo das aulas chegou a ser proibido, reiteramos que esta situação
não procede. O referido “cafezinho” continua sendo fornecido aos
profissionais da escola como sempre aconteceu. O ofício circular 01/2012
não traz referência alguma em relação ao café”, informa. Vinte e duas
escolas estaduais são vinculadas à Superintendência Regional de Nova
Era, da qual Itabira faz parte.
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