A Cidade de
Jundiaí, durante muito tempo constituiu-se um lugar atrativo para
os profissionais da área de educação, já que as políticas públicas de
valorização da categoria foram fundamentais para o
desenvolvimento de uma educação de qualidade.
Dessa maneira um grupo de
professores juntamente com o Sindicato, em um diálogo desde 2010, vêm traçando
algumas metas para que a categoria do magistério seja cada vez mais valorizada
em âmbito municipal, conquistando cada vez mais espaço e voz dentro da PMJ.
Dessa maneira, esse grupo de professores, em um diálogo desde 2013, vem traçando algumas
metas para garantir a valorização dos profissionais da educação e a construção
de uma educação pública de qualidade, baseada nos princípios constitucionais da
gestão democrática e da transparência do gasto público educação municipal.
Sendo assim, torna-se
necessário refletir sobre algumas questões para as quais até agora não temos
respostas.
- · Por que não implementar cargo de carreira no magistério, com concurso público como forma de provimento dos cargos de coordenador pedagógico, assistente de direção e supervisão?
- · Por que não devolver os adicionais de títulos aos professores que possui uma segunda graduação?
- · Por que manter a categoria dos professores com o menor salário de nível superior no município?
Para explicarmos como
chegamos a esses e a outros questionamentos, explicitaremos abaixo o percurso
histórico traçado por esses professores engajados nessa luta de direitos.
Esse processo teve início em 2010, onde um grupo de professores de Educação Básica, resolveram se reunir para reivindicar o reenquadramento da categoria para receber o Adicional de Nível Universitário (40% ). Após várias reuniões com professores, sindicato, vereadores e secretário, esse grupo consegui a tão sonhada equiparação.
Com a necessidade de uma discussão coletiva acerca das necessidades dos profissionais do magistério, em 27/02/13, com a constituição do I Fórum de Educação, foi iniciada de maneira formal a Comissão de professores. Na ocasião foram debatidos temas acerca da Gestão Democrática, do
Funcionalismo Público, da Valorização dos Professores, da melhoria das
Condições de Trabalho do Servidor e da regulamentação do Plano Municipal de
Educação.
Deste Fórum, um Plano foi
construído pela comissão de professores, e levado para votação em Assembleia
Geral da categoria no dia 09/04/13 de
forma a deliberar quais seriam as reivindicações levadas ao Governo, como forma
a abrir o diálogo acerca das necessidades do professorado da rede municipal de
Jundiaí. No dia 11/05/13 foi iniciado o diálogo com o atual Secretário
de Educação, José Renato Polli.
Durante
inúmeras reuniões e debates, a categoria dos professores começou a se unir e a
ganhar forças, chegando a protocolar o documento contendo as 21
reivindicações junto a Câmara Municipal dos Vereadores, no dia 19/05/13,
“lotando” todo o espaço do Plenarinho.
Segue abaixo, a pauta dos 21 pontos
votados em Assembleia deliberativa do dia 09/04/13 pela categoria dos professores,
divididos em três eixos para melhor visualização:
EIXOS:
DEMOCRATIZAÇÃO DO SISTEMA DE ENSINO:
1.
Ingresso de todos os cargos somente
através de concurso público e retorno da seleção de Diretor de Escola
substituto por meio de escala rotativa
2. Plano Municipal de Educação
3. Constituição de uma comissão para elaborar um plano de implementação dos
organismos da gestão democrática da educação - Conselho municipal da educação/
conselhos de escola/ conselho do FUNDEB.
Atualizando a legislação atual e
garantindo a efetiva democratização, transparência e participação dos
professores e comunidade em geral.
4. Ampla divulgação prévia de todas as reuniões do Conselho
Municipal de Educação e Conselho do FUNDEB, com a realização destas em horários
após as 18h, permitindo acesso a todos os cidadãos que quiserem participar como
ouvintes.
5. Garantias Sindicais. Liberdade de organização sindical nas
escolas municipais, conforme legislação da OIT. Eleição de representantes
sindicais dentro das escolas municipais, na proporção mínima de um por período
para cada escola, com garantia de liberação de ponto para no mínimo dois
encontros anuais com o objetivo de discutir os
problemas trabalhistas vividos pelos professores.
6. Divulgação ampla e imediata dos detalhes do contrato com a
empresa Planeta Educação.
VALORIZAÇÃO
DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO:
1. Progresso na carreira desvinculado da avaliação de desempenho
O progresso na carreira educacional não deve
ser através da meritocracia, ou seja, deve acontecer de maneira desvinculada da
avaliação de desempenho realizada pelos diretores.
2. Reforma do estatuto do magistério
Montar uma comissão conjunta entre o Governo e
professores da rede, para analisar e reformar o estatuto do magistério de
acordo com as propostas da campanha da atual gestão.
3. Títulos incorporados ao salário (plano de carreira)
4. Adicional vulnerabilidade
social
Incentivo financeiro, na forma de adicional
salarial, para professores que lecionem em unidades escolares inseridas em
áreas de vulnerabilidade social.
5. Dispensa para cursos e congressos
Dispensa do trabalho para que os professores
participem de cursos e congressos com requisição direta à Secretaria de
Educação.
6. Licença remunerada para estudos stricto sensu
7. Verba indenizatória para professores que trabalham em mais de
1 escola
Compensação financeira para os professores que
lecionam em mais de uma unidade escolar. Pois alguns cargos já dispõem dessa
complementação salarial por trasitarem em várias escolas,nesse sentido, que
esse benefício seja estendido aos professores também.
8. Valorização da carreira docente no quadro de funcionários da
PMJ
Atualmente, o salário dos professores da rede
municipal é o menor salário para profissionais com nível superior pago pela
PMJ. A diferença entre salário do
professor comparado a outros profissionais de nível superior com mesma carga
horária é de 10.59%.
MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO:
1. Critérios atribuição/remoção
2. Número de alunos por sala de acordo com o parecer nº 09/2009
do Conselho Nacional de Educação – CNE.
3. Estudo sobre os espaços físicos escolares
4. Faltas abonadas
Manutenção do direito às faltas abonadas,
mesmo que o professor tenha tido atestados médicos.
5. Comprovante do ponto biométrico
O professor deve ter o comprovante em papel
emitido pelo ponto biométrico, como forma a comprovar/registrar os horários de
entrada e saída dos funcionários.
6. Cursos de formação apenas nos dias estabelecidos no início do
ano letivo.
Garantia de que o professor não tenha que
participar de formações fora de seus dias de HTPI ou HTPC que foram
inicialmente acordados no início do ano letivo.
7. Discussão sobre as implicações da lei do 1/3
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