Escrito em uma capacitação na Argos como
forma de protesto e indignação, inspirado por comentário de um professor.
VERSOS QUE JAMAIS NASCERÃO
Do debate bate a gota no balde,
Colhe gotas de um instante
Lava a chuva o nome de Freire,
Cai suave, fina, fria... Constante.
Com gotas não transborda o balde,
Sem gotas, vazio, vai perecer...
A chuva é tempestade em gotas.
Gotas de lágrimas a escorrer...
Nem o balde é texto,
Nem a chuva é contexto,
Mas para ler o texto,
Testo o pretexto.
É poema de presentes,
É
leitura que prescinde
O preceder aos atos,
Ou não expõe os fatos.
Por que o porquê de tanta chuva?
Porque Ivo continua vendo a uva...
Mas não se embriaga com o vinho
O balde colhe as gotas da chuva...
As gotas se esvaem ao caminho!
Pobre balde frustrado,
Rico mestre ignorado...
Seu nome na parede estampado...
Nunca lido, jamais lembrado...
Inútil meu protestar lírico
Queria ser perturbador,
Sou apenas perturbado.
Que natimorto sejam meus versos,
Pois versam versus o acesso de poder...
Poder ao qual sou adverso...
Pois ascende acesso ao avesso
Do verdadeiro acesso ao saber!
Professor Gílberte
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