Para
senador Cristovam Buarque, as burocráticas leis brasileiras favorecem
os corruptos e a educação não é valorizada como deveria para amenizar o
problema lá na frente
Depois, explica o parlamentar, vem a Polícia e a Justiça, mas também existem empecilhos que impedem uma punição rápida e exemplar aos corruptos brasileiros. Elas estão caminhando de forma lenta para combater a corrupção, o país ainda está fazendo muito pouco para mudar essa realidade. “A nossa Justiça é muito lenta e amarrada. São muitos mecanismos que os advogados têm para procrastinar e jogar pra frente até que a punição não chegue. É muito difícil punir alguém, por isso a Justiça não está sendo suficientemente enfática, firme, nem tanto por culpa dela, mas pelas regras que nós temos”.
Diz ainda que o fato de existir em cada crime a Polícia Civil, a Justiça e Ministério Público, cada um separando e fazendo sua investigação, terminam jogando a punição para muito distante. “Tenho uma simpatia pela maneira como se faz nos Estados Unidos, onde a investigação é feita de maneira muito rápida e o julgamento também. Não tem a lentidão que temos aqui”, pontuou Buarque afirmando que o Brasil ainda tem jeito.
A posição categórica sobre a necessidade de priorizar a educação brasileira para tentar combater a corrupção lá adiante, foi defendida por Buarque ao lado de senador mato-grossense Pedro Taques, também do PDT na noite desta sexta-feira (1º). Eles ministraram palestras sobre o assunto em Cuiabá, durante evento realizado no Templo da Concórdia, promovido pelas três potências Maçônicas no Estado: Grande Oriente do Brasil (GOBMT), Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso (GLEMT) e Grande-Oriente do Estado de Mato Grosso (GOEMT).
Ainda segundo Buarque, se a opção for entre construir uma estrada ou uma escola, novamente a primeira opção será a vencedora. “Não há a consciência de que o país precisa fazer algum sacrifício para investir na educação”. Além disso, pontua o senador, o brasileiro ainda perpetua uma tradição muito negativa, de que a educação boa é um privilégio apenas das camadas mais ricas. “Isso vem desde a escravidão, onde o escravo não podia nem estudar. Temos até hoje esses resquícios em nosso país”, afirma.
O problema, segundo o especialista, é que até os pobres no Brasil pensam que a educação é uma coisa de rico, sintetizou justificando que o encontro promovido pelas lojas maçônicas pode ajudar a despertar para a importância da educação e também a maneira de se fazer isso. “Precisamos saber como se faz para que o Brasil seja um país na vanguarda da educação mundial”, pontuou.
Fonte:Gazeta Mato Grosso
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