Gilbert Angelo de Oliviera. é um professor, poeta e ideólogo que leciona no Município de Jundiaí.
Essa poesia em especial, foi escrita para as famílias e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
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Missão da Omissão
É segredo que meu medo ensinou a praticar
A mão registra o verbo que a boca fez calar.
Não faz regurgitar, não digere... Mas fere.
Pulmões inflados, condenados pelo fermento.
Sou somente caniço oco a balançar!
O vento da dicotomia pode me vergar
A união faz da curvatura me livrar
É grande o vazio passado...
Passivo impossível a ser completado
E o que está vazio deve ser terminado?
Não! Porque há vácuo a ser deixado.
Será por abutres avidamente disputado.
Angústia é energia para astúcia!
Falta tempo, não podem me ouvir.
A opção pela ilusão da pelúcia...
Omissão é ocultável, suave persuadir!
É necessário conter a fúria da corrente
ornar-se-á energia incandescente.
Sentimento que magoa é o que se sente
O melhor da verdade é o que se mente
A paz do acomodar é guerra a me incomodar
O mundo deve adormecer calado
Eu quero acordá-lo com grito entusiasmado!
Perdoe-me se sou inconsequente
É por serem as consequências incoerentes
Não me condene por incoerências
São consequências coerentes da consciência
Que eu morra sem inspiração
Mas sou vivo, pura transpiração.
Tome deste cálice até ficar saciado
Se não és o alvo atingido
Por que está incomodado?
E se for atingido, continue calado!
Os mártires voluntários que sejam executados.
Gritar protestos é para loucos
Exclua de ti e viva privilegiado!
Dorme poeta tolo e solitário
Seus pares não lhe são solidários
Recue! Melhor a derrota da batalha
Que ter cravada na carne a navalha.
Finda a guerra és tu o único canalha!
Que tua classe enxovalha.
Ao se calar irão te perdoar...
Aspiram pelo silêncio! Por que gritar?
Prof. Gílberte
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